terça-feira, 13 de novembro de 2007

Festival Planeta Terra, ou como mais de um palco pode salvar a noite.

A vida é feita de escolhas.
E esse fim de semana a escolha mais cruel que tive que fazer foi entre o show do Devo, uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, e o Rapture, uma banda boa que eu vi ao vivo em 2004, acho, e que foi ruim, mas que dizem hoje estar bem boa.
Bom, foi fácil escolher, apesar de eu ter pensado bastante. Mas não me arrependi nem um pouco. O show dos quase sexagenários não-humanos De-EVOlutionaries foi um absurdo de bom, muito melhor do que o show que eles fizeram aqui em São Paulo nos anos 80, muito mais pesado, muito mais rocknroll, muito mais divertido e muito mais absurdo.
O bom dessa escolha é que se deu durante um festival, o Planeta Terra.
Logo após o fiasco do Tim Festival, a maior decepção do ano, fora a Yoko Ono, o Terra foi lindo, perfeito, com uma estrutura e organização impecáveis e com um elenco de artistas de dar inveja a festival gringo.
Depois da apresentação mediana do Tokyo Police Club, prejudicados pelo som péssimo da tenda indie do festival (ainda som ruim, minha gente????), veio a consagração em terra brasilis do CSS, em casa, arrasando, apesar da voz sumida da Lovefoxx. Mas o legal é que a galera pulou e cantou e curtiu e se divertiu horrores com os balões e as musicas hoje super conhecidas por todos.
Antes disse, 2 músicas da truqueira Lilly Allen já deixaram claro a que ela veio, ou melhor, ao que ela não veio, nada como ter um pai rico e poderoso.
E daí veio o Devo, a banda de Whip It, Satisfaction (um cover dos Stones que o próprio Jagger disse ser melhor que a original), todos velhinhos, doidos, divertidos e excelentes músicos.
Se 1 ano e meio de estrada fez ao Cansei de Ser Sexy o bem que a gente viu no sábado, imagine 30 anos fazendo música e shows por tudo que é lugar. Todo mundo dançando, inclusive a bebaça Lilly Allen, ao meu lado, virando os olhos e rebolando com os amarelinhos do Devo.
Pra fechar com chave de ouro, o Kasabian fez o último show do palco principal. Uma banda rocker, bem anos 70, bem brit, fazendo uma barulheira dos infernos com um monte de guitarras e um vocalista mais bacana que um monte de gente que a gente vê por aí.
Só faltou ao festival umas atrações mais tarde, tudo terminou muito cedo, na verdade o que rolou no palco eletrônico, fora Vitalic, foi mais do mesmo. Inovar é sempre bom em tudo. Não esqueçam disso pro ano que vem.

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