Era uma vez um James Murphy.
Esse ano definitivamente é o ano do cara. O mais recente álbum do LCD Soundsystem, o "Sound Of Silver" , é um dos melhores do ano.
O show dos caras estava sendo super esperado e foi uma dádiva dos deuses do rocknroll.
Noite de terça-feira de calor na paulicéia, a torcida por um ingresso de última hora mais barato na bilheteria era premente. Chegar na casa de show e ver quase ninguém do lado de fora foi bom, mas estranho. Como assim, o show do ano e ninguém pra ver?
Entro na fila, compro o ingresso, aproveito e já compro pra ver Interpol em março do ano que vem, só pra garantir. Logo ali depois já me oferecem convite, tem sobrando, pouca gente. E ainda encontro a assessora de imprensa amiga que oferece mais convites. E mais um amigo tem sobrando também. Recupero meu dinheiro e ligo pra amigos que não vieram.
Entro, pouca getne, bem pouca gente, todos os amigos por lá, isso depois de uma semana de shows, saindo todos os dias pra ver alguém diferente.
Aliás, na noite anterior, numa daquelas festas fechadas de segunda a noite, o tal Murphy foi dj pra umas 100 pessoas, eu no caso e mais umas 99, tocou tanta música velha, tanto anos 70 que eu me senti no que deveria ter sido o Papagaio’s Disco Club ou o Hipopotamus da 9 de julho. Foi engraçado, mas eu esperei ele tocar uma música boa. Só que a blue monday gritou e eu fui pra casa antes mesmo do Stephen do 2ManyDjs entrar pra tocar.
Mas o James (íntimo) não me decepcionou.
Hoje, terça feira, depois do melhor show do ano, o LCD Soundsystem mostrou a que veio. Não só o melhor disco, não só o melhor show, mas o melhor dos shows, numa casa com lotação razoável, sem estar cheia demais.
Espaço pra dançar, pra dar risada, pra ouvir e ver o show direito, foi inacreditável.
Todas as músicas que eles tocaram foram todas as músicas que eu queria ouvir.
Show sem firulas, já mandando o hit “Daft Punk Is Playing At My House” como segunda música do show, é ter muita certeza do repertório que tem. E foi foda demais, impecável.
Repertório bom o suficiente pra terminar o show com uma "NY I Love You (But You're Bringing Me Down) calminha, mas pesada ao mesmo tempo.
Showzaço de uma banda de rock afiadíssima, com 2 guitarras e baixo, às vezes 2 baixos sem guitarra, mas com uma bateria sempre em primeiro plano e com os teclados e o vocal feminino quase que comandando a cozinha da banda mesmo.
E o tal do James Murphy lá na frente, cantando pra caralho, comandando os ótimos músicos e bagunçando sempre que pôde com sua percussão e seus falsetes perfeitos.
Pena que pra um LCD Soundsystem temos que ver tanta porcaria. A lei da compensação que fode com tudo sempre. Mas dessa vez, fudeu bem fudido. Gozei bastante!
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