segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Músicas de 2007, as melhores!

Músicas de 2007

Eu não ia fazer por ordem de preferência, pra mim é bem complicado, mas não tem como não dizer que pra mim a melhor música do ano é “All My Friends” do LCD Soundsystem.
O piano, a intenção, a letra propícia pra fim de ano até. Mas o mais bacana é que o LCD é a banda que mais me impressionou esse ano. O álbum deles é um primor, os remixes são de um super bom gosto e o show que eles fizeram aqui em São Paulo foi com certeza o melhor do ano por aqui banda afiada, repertório impecável. E quando eles tocaram essa música foi sensação única mesmo.



A outra possível e mais provável música do ano é D.A.N.C.E. do Justice. Música pegajosa, bem boa, com mais de 20 remixes razoáveis, mas que cansou. Todo mundo tocou, em tudo quanto é lugar, o clipe é bem bom, virou comercial copiado aqui e tudo. Seria a mais bacana se não fosse chata hoje de ouvir. Daqui um ano volta a vontade. Mas daí já passou de novo.



As outras músicas boas pra mim, sem ordem de importância, eu acho.

- “Club Action”, das minas do Yo! Majesty - guardadas as devidas proporções, foi a SITWOC do Gossip do ano, com os melhores remixes. Vocal fodão, música bem boa, vibe ótima, música gay de mina fortona!

- “& Down”, Boys Noize - quando eu viajei em agosto, teria a oportunidade de ir ao Creamfields na Espanha. Só fui, mesmo, porque tava o Boys Noize no line-up. E foi absurdo. Pra melhorar, ele tocou esse mês aqui no em sp e foi mais absurdo ainda. Essa música é um electrão pesado, porrada, pra fazer todo mundo se jogar na pista mesmo.

- “Acceptable In The 80’s”, Calvin Harris – o cara é da turma do CSS, Klaxons. O cd dele é bem bacana, muita referencia 80’s, muita música legal, sem muita pretensão. Mas vi o cara ao vivo num festival e pirei. Showzaço, hi-energy total e essa música deixa todo mundo doido, principalmente eu! E essa música eu fico chocado como nunca foi feita antes, de tão óbvia que ela no bom sentido!

- “Any Way You Choose To Give It”, Black Ghosts – esssa é uma banda, junto com Goose, que é rock mas é música eletrônica. Junto a eles The Whip, Late Of The Pier e mais outros ingleses. E essa música me deixa tonto, de verdade. E isso é muito bom sinal.



- “Empire”, The Black Angels – o melhor filho do Velvet Underground. Banda texana pessssssada e maravilhosa. E essa música me faz chorar, de verdade de novo.




- “Fancy Footwork”, Chromeo – eu adoraria entender o que é o Chromeo, porque tudo que eles fazem é muito bom. E essa música levanta qualquer um. Batida muito boa, começo apoteótico, sirene, tecladinhos velhinhos, tudo bem 80’s, tudo o que a gente ouviu o ano todo, só que melhor que a maioria.



- “Mammoth”, Interpol – agora os filhos do Joy Division, os mais hypados, mas os melhores mesmo. Na linha do Editors e afins, prefiro esses caras. E essa música tem até sino no meio! Climão melhor possível, com a guitarra impecável levando tudo junto. Quero ver em março no show!

- “Little Victories”, The Horrors – todo ano esses caras me deixam de queixo caído, mais e mais. Filhos de Cramps com Zé do Caixão com Elvira, fazem o som mais soturno e mais rápido e mais bacana de todos. Quase vi o show deles, perdi de bobeira e me arrependo muito. Montados e doidos, o qu mais a gente pode querer com aquele tecladinho veio de igreja podre? Cramps on ecstasy, na minha opinião, o melhor de dois mundos.



- “The Devil”, PJ Harvey – a Polly Jean é aquela mulher que quando lança álbum novo eu fico arrepiado só em saber, só na expectativa. Esse último álbum é PJ ao pianinho morrendo em canções lindas demais e essa em especial me faz repensar o porquê de umas lilly allens da vida continuarem cantando se já temos Polly Jean.



- “Do It Again” e “All Rights Reserved”, The Chemical Brothers – esses ingleses não param, só melhoram e esse álbum We Are The Night é inacreditável. Só hits, só música boa, só música diferente, nada do que esperava deles. De novo. Essa duas músicas em especial eu tenho vontade de ouvir todo dia, e quase ouço mesmo. Ótimas pra dançar sozinho em casa. E o melhor é que eu consegui ver 2 shows deles esse ano, diferentes mas iguais em vibe, doideira e psicodelia, que é o que falta pra quase todo mundo hoje em dia.

- "Golden Skans", Klaxons - tá bom, Klaxons também encheu meio o saco esse ano, mas a música é linda, melodia de primieríssima e confirma todo o hype em cima dessa banda, que tomara venha pra cá nao que vem.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Michael Clayton, uma aula de cinema.


Michael Clayton é um advogado pros policiais e um poilcial pros advogados da firma que ele trabalha. É um cara que como ele mesmo diz, faz faxina pros clientes/sócios, conhece todo mundo, resolve desde um atropelamento até um problema de envenenamento global.
"Michael Clayton" é o filme escrito e dirigido pelo meu mais novo "mestre" Tony Gilroy, famoso roteirista de NY, onde ficou rico escrevendo os filmes Bourne. Em anos e anos de carreira, ficou bem amigo de Steven Soderbergh, o produtor desse Clayton, sócio de George Clooney que faz o próprio Clayton no filme. Se o cara não for indicado pro Oscar por essa atuação, não sei de mais nada. Ano passado ele já levou coadjuvante e concorria como principal, mas esse ano ele leva de novo, com certeza. E além dele, no filme, Tilda Swinton e Tom Wilkinson, os ingleses quebram tudo, dando o melhor deles em seus papéis num elenco dos sonhos.
Claro que muito disso se deve à primorosa direção de ator. E ao roteiro, que dá voz a esses caras, com muito solilóquio, muito falatório e bom falatório.
No final das contas, a história nem interessaria tanto, só importando o que os caras nos mostram na tela, mas a história é boa demais, um suspense adulto primoroso, que nos deixa presos até o final.
Mais pontos ao diretor/roteirista.
Clooney é um cara que está pegando todos os melhores papéis pra ator da idade dele, poderoso, inteligente e ótimo ator. Perdi o bode que eu tinha dele quando ele saiu do Plantão Médico, e fazia os papéis de galã, com o olhar de baixo, franzindo a testa, me irritava muito. Hoje ele já provou que é bonitão e bacana, bom ator, pode fazer o que quiser, inclusive tá meio gordinho nos últimos filmes, coisa impensável até uns anos antes. Ele é o cara que faz Syriana e faz Solaris, refilmagem de um clássico russo do Tarkowski, ficou ruim, mas mostrou que ele pode, sempre junto do sócio Soderbergh que, de novo, produz Clayton.
Outro que produz e que aparece é Sidney Pollack, com um papel ótimo no filme e com cara de quem tá gostando lá, apesar de parecer não saber muito o que fazer com as mãos em muitas das cenas.
O filme é sóbrio, não apela pra porradarias, é filme de e para gente grande, sem muita concessão, mostrando que quando se quer, faz-se filme bom em holywood.
Pra terminar e confirmar, só pode ser ótimo um filme cuja frase principal, dita por dois personagens diferentes, dois homens, "eu sou Shiva, deusa da morte"!
Rocknroll!

domingo, 9 de dezembro de 2007

30 Dias De Noite


30 Dias De Noite um filme pra poucos, fortes de estômago. Mas é um filme que todo mundo que gosta um pouco de terror deveria ver.
Numa cidade do Alaska, perdida no meio do nada, no pico do inverno o sol não aparece por 30 dias. E a cidade fica isolada do resto do mundo durante esse tempo sem estradas ou avião ou qualquer outra coisa.
Prato cheio pra um monte de vampiros atacarem, e como eles mesmo dizem, sem deixar vestígio algum de sua passagem, pra que os humanos pensem que eles não existem mesmo, são um pesadelo. Ou uma lenda.
O que acontece no filme então é que os vampiros começam a matança desenfreado, ou um banquete pra eles.
Claro que eles encontram pelo caminho uns caras que tentam de uma forma ou de outra sobreviverem, mas isso é o de menos.
O elenco é legal, mas poderia ser melhor se nnao tivesse o Josh Hartnet, um ator que insistem tanto e que sempre deixa a desejar, com cara de Tommy Lee Jones moleque. O bacana do filme são os vampiros mesmo, capitaneados por Danny Houston, o melhor personagem do filme, o vampirão com cara de vizinho do mal e dentes de cenobita.
O filme não pega leve, vai fundo no sangue, nas mordidas e nos destroços dos mortos.
Os vampiros são sim do mal e estão sim com fome.
E parece que essa fome vem desde o último inverno quando devem ter saqueado outra cidadezinha dessas.
Eu tomei susto o tempo todo no cinema, por culpa do diretor que fez muito bem o seu trabalho e principalmente por culpa do povo de efeitos especiais e maquiagem, que nos deram os melhores vampiros desde o Gary Oldman no Dracula. Produzido pelo grande Sam Raimi, o cara por trás do Homem Aranha e de um monte de filme de terror fodão dos anos 90, o filme é uma aula de como o cinema de terror bom tem feito falta.
Na saída do cinema, tenso do jeito que eu estava, querendo relaxar um pouco, ainda rola um quebra pau absurdo de 2 mulheres com um cara por causa de pés delas na cadeira dele durante o filme. Ele reclamou, elas se irritaram e foi porrada e cusparada ao vivo e a cores. Gente defendendo as mulheres e se jogando na frente do cara e quase passando voando, como os vampiros que quase desaparecem e aparecem sem avisar. Mais bizarro que o filme e bem ridículo! Deu vontade de estourar a cabeça dos 3 ou pelo menos enfiar uma estaca em um deles pra fazer medo. Mas fui pra casa dando risada de nervoso da tensão toda.
Por isso que prefiro os filmes, lá na tela, longe do mico da vida real.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Clipe de "Jigsaw", do Radiohead

Não vou nem falar da música em si, nem do Radiohead em si, mas do vídeo mesmo.
Hoje em dia, dizem, já se fez tudo em matéria de clips e ninguém aguenta mais malabarismos cinematográficos pra se ouvir uma música.
(Quando digo ninguém, quero dizer que EU não aguento mais diretor querendo aparecer em cima de banda)
A questão é que o Radiohead sempre fez clipes simples entre aspas, nada que contasse histórias mirabolantes, mas sempre coisas absurdas e bacanas, como o clipe que Thom tá com um aquário na cabeça que vai enchendo de água enquanto ele canta.
Esse clipe de Jigsaw é mais uma brincadeira ótima dos caras, prendendo as câmeras nas cabeças deles enquanto tocam e cantam num estúdio bonitinho mas ordinário.
A imagem a serviç da música, e não o clipe a serviço do ego de um diretor.
Parabéns mais uma vez aos caras.
E que ano que vem eles venham mesmo pra cá.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Boys Noize @ Vegas, 01.dez.2007


Tive duas experiênncias absurdas com o set ao vivo do Boys Noize esse ano.
A primeira foi em agosto no Creamfields na Espanha. Depois de uma viagem punk pra chegar no lugar, depois de ver umas atrações ok, mas nada demais, começa o set do alemão Alex Rider, moleque magrelo monocelho que DESTRUIU a tenda/circo onde tocou.
O set lá começou na mesma hora do show do Prodigy, então tinha pouca gente assistindo, o que pra mim sempre é genial, porque eu fiquei com o Tuts bem na frente, viajando com resquícios do ainda cristal de mais cedo. Muita barulheira, maximalista animal, misturando muita coisa estranha ao vivo e tocando muita coisa própria, esse set foi antes dele lançar o super Oi Oi Oi.
A gente se divertiu horrores, muita música boa, mixagem perfeita, set delicioso.
Foi com certeza o ponto alto da noite, apesar de termos visto Trentemoller, Modeselektor, Booka Shade, e mais um monte de grandes.
Corta para sábado passado em SP, no Vegas. Noite prometendo superar as expectativas, porque pra melhorar, o amigão Gil Bárbara abriria a noite.
Segundo um amigo, o set do Gil foi uma dedada no rabo! Ele tinha me dito que ia fazer uma retrospectiva do ano, já que era dezembro e tal. Ele tocou só o que eu gosto mesmo, eu quase chorei. Comecei a noite bem relax, sentado no sofá atrás do Gil, tomando um mojito e nem precisava pedir música, parecia que ele adivinhava o que eu queria ouvir. Fui me animando com o set e fui pra pista, meio sozinho, apesar de parecer que eu tava numa festa na minha casa, só amigos por perto. Se eu quisesse ficar sozinho, tava fudido.
Depois do gil teve um equívoco lá no meio e depois entrou Boys Noize. O cara começou o set já testando a cabeça de todo mundo com graves, agudos e ruídos pra ninguém botar defeito, no talo.
Daí pra frente foram 2 horas da melhor música eletrônica feita hoje, muita dela graças ao próprio, que tocou muitos de seus remixes, de Kaiser Chiefs a Digitalism, misturando Michael Jackson com a porrada do Justice, mashup igual ao que ele fez no Creamfields.



A sensação que eu tive é de que eu tava no paraíso do maximalismo, no céu do electro, ouvindo os graves e os agudos que seriam de arrebentar os tímpanos, relaxados pelo sound system do Vegas, o que no final foi ótimo, porque eu cheguei em casa com vida, apesar da viagem ao Canadá no meio da noite.
Momentos como esses, em São Paulo ou em Andaluzia, mudam SIM a minha vida pra melhor, detesto confessar, minha mãe ahca isso um horror. Mas é assim que eu sou, simplinho, qualquer set FODÃODOCARALHOFROMHELLANIMAL me faz feliz.
Aqui tem o set dele no ILOVETECHNO desse ano pra baixar, vale a pena!
Que venham mais!

Shoot'Em Up ou a puta mais linda!


Não tem jeito, a Monica Bellucci é realmente uma deusa.
Dessas deusas poucas que aparecem pela nossa vida, do nível da Adjani, da Deneuve, das Rosselinis, da Vera Fisher, da Kate Moss.
Só que a Monica é uma vaca, sabe que é gostosa, italianona, usa isso bem.
Assisti Shoot’Em Up por causa dela. Li umas matérias dizendo da violência do filme e tal, tô com preguiça de tanta violência já. Mas não dá pra não ver a mulher.
Bom, o filme é da linha desses filmes do Tony Scott, porradaria, fotografia bem boa estilizadona, monocromática, trilha mega rocknroll, elenco impecável.
Essa Shoot’Em Up é um pouco diferente, é meio “engraçadinho”, só que errado. Na verdade é o único defeito do filme, o senso de humor errado, piadas ruins. O personagem do Clive Owen é daqueles cool/malucões que matam todo mundo e sai ileso (nesse filme, quase) sempre. Só que as piadas dele são ruins, por favor. Não me conformo que não tinha um produtor executivo ali do lado do roteirista e mandando ele calar a boca e escrever direito.
Fora isso, a diversão é garantida. Ele, Owen, vai ajudar uma grávida que vai ser morta e acaba com o recém nascido na mão, depois de cortar o cordão umbilical com um tiro. Sim!
Como ele não sabe o que fazer com a criança, vai a um puteiro pedir ajuda a uma “amiga”, la Belucci, uma puta lactante, que acabou de perder um filho.
Bom, o filme é o vilão perseguindo o bebê.
Na verdade, todo mundo é vilão nesse tipo de filme, ninguém é bonzinho, o que é bom, apesar de sempre ter final feliz, de uma forma ou de outra. Esse vilão não é ninguém menos que Paul Giamatti, personagem muito bom, fudidaço, malvado e cruel. A única piada boa do filme sai da boca do Giamatti, piada com o Sideways, genial.
Voltando ao que viemos, Monica.
Ela ta linda, fica falando italiano o filme inteiro pro Owen e ele diz que adora.
A hora que eles se separam ele coloca um revólver na mão dela como se fosse uma aliança, é bem bizarro mesmo.
Uma coisa legal é a cara de pau do diretor. Algumas seqüências do filme parecem extirpadas de um filme heavy metal do James Bond e aditivada com anfetamina pesada. Duas em especial são notórias: um momento que Owen pula de um avião de pára quedas com uns 10 outros caras atrás dele atirando muito e ele mata todo mundo, claro. E outra é uma perseguição de carro, que eu tava achando que nem teria porque demora pacas pra acontecer, mas quando acontece, termina de forma magistral, com o Owen voando pela janela de propósito, nem faz mal contar isso, porque é tão bizarro que é meio inacreditável que colocaram isso no filme. Mais uma vez, parabéns pela cara de pau do diretor.
Não consigo imaginar outra atriz fazendo a puta do filme tão bem quanto a Mônica, e esse é outro trunfo do filme. Um grande trunfo, na verdade. E eu só espero que o cinema americano descubra esse super trunfo e use mais e mais!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Natalie Portman em 2 tempos. Ruins, mas 2!

Esse final de semana assisti 2 filmes bem meia boca no cinema, ambos com a Natalie Portman.
Um deles ela era a protagonista com o Dustin Hoffman, um dos meus atores preferidos ever, A Loja Mágica.
No outro, Viagem Para Darjeeling, ela era só a namorada de um dos protagonistas, aparecia quase nada, mais num curta que passa antes do filme justificando um pouco a história.

Começando do fim, Darjeeling é o novo filme do Wes Anderson, o truqueiro que fez o Steven Zissou, os Tenembaums, um monte de filme picareta, metido a quase engraçado, quase drama, quase cabeça e que ficam no meio do caminho de tudo isso e não são nada. Mas como ele tem um monte de amigos legais, tipo todos os Coppola e tal, ele consegue uma projeção interessante. Se ele morasse por aqui, filmaria na Conspiração, pra se ter uma idéia.
O filme de novo não é nada, nem engraçado, nem chato, nem triste, nem bacana, nem tem trilha boa, nem ruim, , nem fotografia genial, nem direção de arte genial, nem nada. Mas o elenco é bacana, como sempre. Só que não o suficiente pra me deixar acordado durante a projeção, mais uma vez. A única coisa boa mesmo é o elenco, que só com gente boa fica fácil fazer cenas pouco interessantes. O curta que passa antes, Hotel Chevalier, é melhor que o longa, mas só porque é um curta, porque se fosse um longa, seria tão chato quanto. Assim, seria melhor o cara fazer uns curtas, uns médias, assim pelo menos os filmes nem passariam aqui e eu não iria ver por não ter nada mais pra ver no sábado a noite.


Já o outro filme de Natalie, A Loja Mágica, é bacana, mas é quase um descaro de cópia da Fábrica De Chocolate. É bonito, bem fotografado, elenco legal, roteirinho ok, mas é uma bobagem só. E os atores tão bem mal dirigidos, quase uns bonecos, sei lá. Claro que o filme é infantil, mas a molecada hoje vê muita televisão e duvido que engulam essa parada ruim. Caricaturas são legais de serem vistas em animações, além do real. Tudo bem que o filme é mágico, surreal, as coisas voam, os brinquedos ganham vida, mas é chato o Hoffman criando personagem quase bobo e a Natalie com cara de "anta" o filme inteiro. Quem se salva é o moleque, que faz papel de ... moleque! Le voi-lá!
Bom, isso tudo pra dizer que a Natalie é bacana, faz um monte de filmes bacanas, mas quando erra, erra na mosca. E o legal é que parece que ela não tem medo de errar e se joga. Pra quem já foi a rainha Amidala, fazer papel de boba num filme infantil é ok.
Eu queria colocar o curta do Hotel aqui, mas não achei no youtube. Vai o trailer da Loja Mágica!

1408, o filme!




Sou apaixonado por filmes de terror, horror, fantástico, splatter, gore e todas as variantes.
Mas o foda desses filmes é não poder escrever muito a respeito. Com o menor descuido, estraga-se o assistir.
1408, o filme novo do ótimo John Cusack é um dos filmes que depois de visto dá vontade de escrever e contar e discutir e falar. Não, não é um filme cabeça, chatusco, é daqueles que o roteiro é tão bacana que você duvida que quando o filme descamba é sempre por um motivo melhor.
E o pior é que isso é tudo o que eu posso dizer!
Cusack é um escritor de livros de terror e seu último sucesso é um livro sobre os 10 hotéis mais assombrados dos Estados Unidos. Parece que por lá isso é um filão turístico razoável. Então ele é o cara que vai pra esses lugares, se instala e escreve sobre o que aconteceu. Um dia ele recebe um postal dizendo mais ou menos "não se hospede no quarto 1408 do Dolphin em NY".
E claro que o cara vai lá conferir.
Apesar da tentativa de dissuadí-lo da idéia do gerente do hotel, ele se instala e a merda começa.
Roteiro redondo, a partir daí o filme num "huis clos" vai caminhando por uma espiral de terror e medo e doideira e loucura e delírio que fazia tempo que eu não via.
Perdi o filme no cinema e vi em casa em 2 madrugadas seguidas: juro que na primeira tive que parar o filme e assistir Pushing Daisies pra relaxar, tava intenso.
Uma coisa que eu gostei do filme é que Cusack tá meio gorducho. Em uns planos eu até dei risada da coragem de um ator fazer isso e se deixar filmar assim. Venero gente assim, abaixo a ditadura das dietas e academias pra filmar.
De novo, não posso contar nada mais da história, s´ø dizer que o tal quarto 1408 (1+4+8=13) é maldito, muitas pessoas já foram encontradas mortas lá, sempre encobertas pelo hotel para evitar escândalos maiores. E nos dias de limpeza do quarto, uma vez por mês, eles o fazem sempre em menos de uma hora, não importando muito o quanto limpam de verdade, sempre com a porta aberta.
O elenco de apoio do filme é bem bom encabeçado por Samuel L. Jackson como o tal gerente do Dolphin.
Queria falar mais mas não posso mesmo.
Aqui vai o trailer do filme.
Só digo para assistirem e me contarem depois!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Um monte de filmes

Um monte de coisas, tudo ao mesmo tempo agora.
Tropa de Elite é chato. Filme quase americanóide, mal filmado com roteiro bom.
O Passado do Babenco é pior ainda. Triste. Fiquei triste por ele, tadinho.
A mostra de Cinema de São Paulo passou incólume por mim, infelizmente. Muito trabalho e muito show me impediram de ver filmes bacanas, mas consegui ver o filme do ano, do Todd Haynes.
O jeito de se fazer cinema mudou mesmo. Haynes é um dos propagadores do cinema como deveria ser, I’m Not There é a história de Bob Dylan como deve ter acontecido em algum mundo paralelo, ou como aconteceu na cabeça do diretor/roteirista. Cada momento vivido por um ator diferente, inclusive o melhor ator do elenco, Cate Blanchet, impagável e irretocável. Fico imaginando como eles chegam (eles ator/atriz e diretor) num nível de refinamento de interpretação tão absoluto.
Depois desse filme, eu tenho dificuldade em enxergar Dylan com a cara do Dylan. Acho que isso é que é saber fazer cinema, causar esse tipo de efeito.
E o Winterbottom? Conseguiu deixar a Angelina Jollie boa pra caralho. E eu digo como atriz, nada sexual mesmo, porque disso a gente já sabe. Mas ela se contendo o filme inteiro com esperança que seu marido seqüestrado voltasse pra casa é impressionante. Juro que eu nao acreditei que ela seguraria a onda até o final.
Apesar de achar que o tal do Michael é o melhor diretor em atividade hoje, não acreditava que a bocuda fizesse o que fez. Claro que levando em consideração o fato de ela e o marido boniton terem produzido o filme e ela estrelar e terem chamado o melhor de todos pra dirigir.
Daí outro dia com minha filha entrei num cinemark da vida e assistimos o filme de invasores de corpos com a Nicole Kidman, e seria a última chance que eu dava pra ela e sua voz sussurrada. Não agüentava mais ir ao cinema e não ouvi-la falando. E não é que nesse filme ela não susssurra? Mas a pele dela é um absurdo de boa, porcelana mesmo. E atrapalha! É muito diferente de todos os outros atores do filme, parece que ela é de cera mesmo. Encheu o saco. Acho que agora Nicole de novo só se ela filmar com o Kubrick!
Enquanto isso, na televisão do meu computador, a segunda temporada de Heroes é o maior show de roteiro de seriado de televisão dos últimos... 40 anos!
Mas isso é outra história!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

LCD is playing at my house... my house...

Era uma vez um James Murphy.
Esse ano definitivamente é o ano do cara. O mais recente álbum do LCD Soundsystem, o "Sound Of Silver" , é um dos melhores do ano.
O show dos caras estava sendo super esperado e foi uma dádiva dos deuses do rocknroll.
Noite de terça-feira de calor na paulicéia, a torcida por um ingresso de última hora mais barato na bilheteria era premente. Chegar na casa de show e ver quase ninguém do lado de fora foi bom, mas estranho. Como assim, o show do ano e ninguém pra ver?
Entro na fila, compro o ingresso, aproveito e já compro pra ver Interpol em março do ano que vem, só pra garantir. Logo ali depois já me oferecem convite, tem sobrando, pouca gente. E ainda encontro a assessora de imprensa amiga que oferece mais convites. E mais um amigo tem sobrando também. Recupero meu dinheiro e ligo pra amigos que não vieram.
Entro, pouca getne, bem pouca gente, todos os amigos por lá, isso depois de uma semana de shows, saindo todos os dias pra ver alguém diferente.
Aliás, na noite anterior, numa daquelas festas fechadas de segunda a noite, o tal Murphy foi dj pra umas 100 pessoas, eu no caso e mais umas 99, tocou tanta música velha, tanto anos 70 que eu me senti no que deveria ter sido o Papagaio’s Disco Club ou o Hipopotamus da 9 de julho. Foi engraçado, mas eu esperei ele tocar uma música boa. Só que a blue monday gritou e eu fui pra casa antes mesmo do Stephen do 2ManyDjs entrar pra tocar.
Mas o James (íntimo) não me decepcionou.
Hoje, terça feira, depois do melhor show do ano, o LCD Soundsystem mostrou a que veio. Não só o melhor disco, não só o melhor show, mas o melhor dos shows, numa casa com lotação razoável, sem estar cheia demais.
Espaço pra dançar, pra dar risada, pra ouvir e ver o show direito, foi inacreditável.
Todas as músicas que eles tocaram foram todas as músicas que eu queria ouvir.
Show sem firulas, já mandando o hit “Daft Punk Is Playing At My House” como segunda música do show, é ter muita certeza do repertório que tem. E foi foda demais, impecável.
Repertório bom o suficiente pra terminar o show com uma "NY I Love You (But You're Bringing Me Down) calminha, mas pesada ao mesmo tempo.
Showzaço de uma banda de rock afiadíssima, com 2 guitarras e baixo, às vezes 2 baixos sem guitarra, mas com uma bateria sempre em primeiro plano e com os teclados e o vocal feminino quase que comandando a cozinha da banda mesmo.
E o tal do James Murphy lá na frente, cantando pra caralho, comandando os ótimos músicos e bagunçando sempre que pôde com sua percussão e seus falsetes perfeitos.
Pena que pra um LCD Soundsystem temos que ver tanta porcaria. A lei da compensação que fode com tudo sempre. Mas dessa vez, fudeu bem fudido. Gozei bastante!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Festival Planeta Terra, ou como mais de um palco pode salvar a noite.

A vida é feita de escolhas.
E esse fim de semana a escolha mais cruel que tive que fazer foi entre o show do Devo, uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, e o Rapture, uma banda boa que eu vi ao vivo em 2004, acho, e que foi ruim, mas que dizem hoje estar bem boa.
Bom, foi fácil escolher, apesar de eu ter pensado bastante. Mas não me arrependi nem um pouco. O show dos quase sexagenários não-humanos De-EVOlutionaries foi um absurdo de bom, muito melhor do que o show que eles fizeram aqui em São Paulo nos anos 80, muito mais pesado, muito mais rocknroll, muito mais divertido e muito mais absurdo.
O bom dessa escolha é que se deu durante um festival, o Planeta Terra.
Logo após o fiasco do Tim Festival, a maior decepção do ano, fora a Yoko Ono, o Terra foi lindo, perfeito, com uma estrutura e organização impecáveis e com um elenco de artistas de dar inveja a festival gringo.
Depois da apresentação mediana do Tokyo Police Club, prejudicados pelo som péssimo da tenda indie do festival (ainda som ruim, minha gente????), veio a consagração em terra brasilis do CSS, em casa, arrasando, apesar da voz sumida da Lovefoxx. Mas o legal é que a galera pulou e cantou e curtiu e se divertiu horrores com os balões e as musicas hoje super conhecidas por todos.
Antes disse, 2 músicas da truqueira Lilly Allen já deixaram claro a que ela veio, ou melhor, ao que ela não veio, nada como ter um pai rico e poderoso.
E daí veio o Devo, a banda de Whip It, Satisfaction (um cover dos Stones que o próprio Jagger disse ser melhor que a original), todos velhinhos, doidos, divertidos e excelentes músicos.
Se 1 ano e meio de estrada fez ao Cansei de Ser Sexy o bem que a gente viu no sábado, imagine 30 anos fazendo música e shows por tudo que é lugar. Todo mundo dançando, inclusive a bebaça Lilly Allen, ao meu lado, virando os olhos e rebolando com os amarelinhos do Devo.
Pra fechar com chave de ouro, o Kasabian fez o último show do palco principal. Uma banda rocker, bem anos 70, bem brit, fazendo uma barulheira dos infernos com um monte de guitarras e um vocalista mais bacana que um monte de gente que a gente vê por aí.
Só faltou ao festival umas atrações mais tarde, tudo terminou muito cedo, na verdade o que rolou no palco eletrônico, fora Vitalic, foi mais do mesmo. Inovar é sempre bom em tudo. Não esqueçam disso pro ano que vem.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Across The Universe, bonitinho mas ordinário.


Duvide sempre de um filme ou de uma música ou de um livro ou de qualquer "obra de arte" que seja muito comentada, incensada. Don't believe the hype.
Across The Universe é um desses casos. O filme dirigido pela mega hypada Julie Taymor é bem bonitinho, mas raso como um pires de xícara de café pequeno. E de uma sutileza de um hipopótamo solto numa loja de cristais.
A premissa é bem boa, um musical (adoro!) com o roteiro construído sobre as canções dos Beatles (adoro mais!).
Na verdade, o filme é sobre as vontades adolescentes de sair de casa, de mudar de vida, de experimentar o novo, de protestar, de ir contra e de como isso tudo acaba deixando marcas indeléveis durante as passagens e no depois, as cicatrizes.
Claro que é bacana você se aventurar, atravessar o oceano em busca de novidade e de experiências, é bacana quando você conhece a Lucy, a Prudence, a Sadie, quando você descobre os Strawberry Fields, conhece o Jude, e tudo mais que um repertório farto como o dos Beatles te proporciona.
Tudo isso pra chegar à conclusão final que "All You Need Is Love"?
Não vale a pena ser tão óbvio, minha gente.
Fotografia linda, direção de arte linda, coreografias lindas, tudo embalando essa história de descobertas e amores encontrados e perdidos nos anos 60, nos protestos contra a guerra do Vietnam. Mas a gente sabe como vai acabar nos primeiros 15 minutos de filme.
Jude, um operário de Liverpool quer ganhar o mundo porque sua cidade é pequena demais pra ele e vai pra América e lá encontra mais que o pai perdido, encontra o amor, o protesto, a psicodelia, a música, a amizade, a decepção, pra voltar pra casa e chegar às conclusões que já sabia que essas mesmas seriam.
Mas e a graça de não experimentar? Tem que tentar mesmo.
E tentando eu vou vendo esse tipo de filme que, claro, me fez chorar no final, mas que durante deu um pouco de raiva em alguns momentos.
Só espero que a decepção momentânea não perdure.
Ah, saí do cinema faz meia hora, era disso que eu tava falando.
Eu acho.

domingo, 4 de novembro de 2007

Porque eu amo Spiritualized.


Tudo começou em 89, tipo muito tempo atrás, em outra dimensão quase. Eu em Londres, janeiro, frio, tinha acabado d voltar da Escócia, passado o melhor ano novo da minha vida em Edimburgh. eu na casa de uma amiga, ela queria ir ao show de alguma banda porcaria e eu insisti para irmos ver uma banda barulhenta no Dingwalls, em Candem. A banda era o Spacemen 3, banda barulhenta, que os caras tocavam de costas pro público, com uma luz branca estourando na cara de quem assistia. Muito barulho mesmo, muita viagem, muita psicodelia animalesca. Eu com minha amiga caretíssimos e eu me perdendo nos devaneios guitarrísticos com a luz me cegando e abrindo minha cabeça pra o que eles mandavam através daqueles p.a.'s. Eu devia mesmo estar viajando porque do meu lado, na frente do palco, tinha uma loira que ficava me encarando e veio me perguntar o que eu tinha tomado. Quando eu disse que nada, nem cerveja, ela puxou papo sério, dizendo que ela adoraria pirar num show sem drogas nem álcool mas que não conseguia, porque ela era muito dispersa e não parava de falar. E eu quernedo voltar pra minha viagem particular e ela falando, até que num intervalo das músicas o vocalista da banda, o genial Jason Pierce, vira pra ela, chama pelo nome, Tracy, e manda ela calar a boca. A galera dá risada, acho que já conheciam a tal da loira, ela pára e eles continuam o show.
Ao final, ficamos conversando com ela e o rosto que me era familiar me fez perguntar se ela era amiga dos caras da banda, que eu queria falar com o Pierce, ela disse que tinha uma banda que eles eram da mesma turma e me levou pra falar com eles. No meio do papo eu descobri que ela era a vocalista do Primitives, Tracy Tracy, bandinha pop dos late 80's que teve um sucesso animal e sumiu depois.

Mas o que valeu mais até do que a papo depois com o cara foi o show em si, viajante, doido demais, digno de uma banda cujo slogan era "taking drugs to make music to take drugs to", ou usando drogas pra fazer música pra se ouvir usando drogas.
E depois veio o Spiritualized.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Meus 40 anos, da BBC ONE.


Eu sempre digo que 1967 é um ano especial pra humanidade e não só porque eu nasci. Mas por exemplo, porque em 1967 foi estabelecida a grande BBC ONE, a rádio inglesa de música talvez mais influente de todas. Ao invés de contar histórias, lançar livros, os caras forram os mais fodões e lançaram um álbum 40 canções, uma de cada ano desde 1967 re-criada por artistas bacanas de hoje em dia. Alguns re-criaram as músicas, outros apenas re-interpretaram. Claro que as re-criações são as mais legais.
Sim, o que todo mundo gosta de fazer, álbum tributo, só que com o cacife que só uma BBC ONE teria, pra poder juntar de Kaiser Chiefs a Amy Winehouse, de Kyllie a Robbie Williams, só pra citar 4 dos 6o artistas.
A única banda que teve que tocar o que não escolheu foi o Kaiser Chiefs em questão, que regravou "Flowers In The Rain" do The Move, a primeira música executada na Radio One.
De resto temos originais de Bowie, Police, Kinks, Hendrix, Elton John, Queen, George Michael, Pretenders, Madonna, recriadas e regravadas por tudo quanto é banda nova bacana, tipo Fratellis, Kooks, Razorlight, Editors além dos já citados e de muitos outros.
Minhas faixas preferidas são:

"Careless Whispers", The Gossip (George Michael original)

"Toxic", Hard Fi (Britney Spears origianl)

"Lullaby", Editors (The Cure original)

Além do cover do Klaxons que eu postei ali abaixo, "No Diggity"

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Tim Festival, o caos!

Mais um ano, mais um Tim. E mais uma vez eu INSISTO em não ir ao Rio e ficar por aqui. Todo ano que viajo pra lá sempre é porque alguma atração imperdível não vai tocar em SP, tipo Beastie Boys ano passado. Mas esse ano trouxeram todo mundo bacana pra cá, então fiquei e mais uma vez me fodi indo ao show no Anhembi, lugar horrível. Desorganizado, caro, sem infra pra receber 23 mil pessoas (segundo a PM). Foi ruim mesmo. E o que me deixa chocado é que outros festivais acontecem no mesmo lugar e tudo dá certo, como por exemplo o Nokia Trends do ano passado!
Bom, me joguei ontem e saí de lá as 5 e meia da manhã (sim, 5 e meia da manhã de segunda feira, como se ninguém trabalhasse em São Paulo) tudo pra ver shows bons com som ruim, mais uma vez.
Por ordem de entrada:

Spank Rock, a "banda" americana fez um set/show bem bacana, mas despropositado pra um local como o de ontem, mais apropriado num clube mesmo. Nem a Amanda Blank animou o suficiente pra galera se jogar tanto.

Hot Chip: a banda que fez a melhor música do ano passado, "Over And Over" que fechou uma apresentação inexplicavelmente divertida da banda inglesa. Apesar do problema de equipamento que eles tiveram no meio da apresentação e parando por uns 15 minutos, o show dos caras foi bem divertido, pra cima e pra quem não esperava uma banda de rock tocando músicas eletrônicas, ficou de queixo caído e dançou muito.

Bjork, a malucona mór, fez o show mais chato e ao mesmo tempo o mais bacana da noite. Chato porque ela ela usava instrumentos estranhos pra fazer as músicas ao vivo e bacana pelo mesmo motivo. A Bjork pareceu pra mim uma porta voz de umas indústrias de tecnologia, como os caras do Dogma, que fizeram o Dogma porque a Sony bancou a parada toda pra lançar a câmera PD150. Então, parece que a moça conseguiu grana de umas empresas por aí e fez o show pra mostrar as mesas bacanas controladoras, os instrumentos digitais e tal. Show chato, músicas lentas, bom pra se ver sentado no auditório do ibirapuera depois do outro chato Anthony maleta.
Pra piorar mais ainda a situação islandesa, pra montar e desmontar o palco da "diva", demorou mais de 1 hora por vez o que fez o atraso chegar à 3 horas no final!
Não sei se o povo do Tim já ouviu dizer, mas existe uma possibilidade de se fazer festivais com 2 palcos. Ah, não, tudo pro Tim que poderia ajudar o público mas com gastos excessivos de dinheiro, no way.



Juliette And The Licks entrou arrasando. Ela é linda e gostosa e fodona. A banda é boa e só tem cara bonitão, mas o problema no final das contas é que o som do microfone dela não tava baixo, ela que não tem voz mesmo pra segurar o rocknroll. Assim, ela pula, faz pose, e diverte. Mas deixa a desejar.




Arctic Monkeys fez o show da noite. Entraram tocando alto, bem equalizados, só música boa e não pararam um minuto, agradeciam rapidinho e já desciam porrada na sequência. Banda afiadíssima, melhor que no cd. Dancei, pulei, cantei tudo e foi demais mesmo.



The Killers foi o show da noite. Palco bacana, cheio de coisas que remetiam ao deserto de onde eles vêm, aos cassinos, a Sam's Town. O bigodinho do Flowers arrasou big time. O cara é gato, um puta artista, canta bem, tem vozeirão, tem presença de palco, comanda o público super, é um band leader nato. O show era um desfile de hits, começando com o segundo álbum. Quando começaram as músicas mais famosas, o público, ou o que restou dele, ia ao delírio. Claro que "Somebody Told ME", "Mr Brightside" e "Bones" foram os pontos altos do delírio coletivo.




Quem dera tivesse isso uma vez por ano. Mas não o Tim. Agora aguardando o Terra, em 2 semans.

P.S. - as fotos são do amigo Marcio Toledo. Fodonas!

sábado, 20 de outubro de 2007

Anjos Exterminadores e Simian Mobile Disco. Mulherada a rodo!


Todo mundo sabe e diz e rediz e re-sabe que o cinema francês é absolutamente falado. Filmes e mais filmes de ente papeando e nada acontecendo. E o pior é que a grande maioria desses filmes é bem boa.
Essa semana fui ver um filme que todo mundo falava a respeito, que era um filme transgressor, um dos melhores filmes do ano, arrebatador, com cenas de sexo maravilhosas, reais, quase pornográficas mesmo.
Saí do cinema com uma sensaçnao de ter visto um filme do Walter Hugo Khouri dos anos 70, com o Tarcisio Meira e mais aquele elenco de mulheres lindas se jogando pra ele. Não que isso seja ruim, mas "Anjos Exterminadores" nnao merece todo esse hype besta.
O filme é uma "resposta" do diretor Jean Claude Brisseau à umas atrizaes que o processaram por alguma coisa tipo assédio sexual, ou inimidação, quando ele tinha rodado seu filme anterior. Bom, nesse filme, François é um cineasta com um projeto novo de fazer um filme sobre a mulher do ponto de vista feminino mesmo. Ele é um cara super bacana, que ouve as mulheres, sensível, eio caricato demais. Assim sendo, começa a fazer testes com atrizes/mulheres e pede que elas contem e vivam seus desejos sexuais e suas fantasias com ele presente, mais que um voyeur mas sim como o objeto desse início de fantasias, o estopim. Ele fica com esse jogo com 3 atrizes, bem mais novas que ele e faz com que elas se excitem e façam sexo entre elas enquanto ele fica com sua camera gravando tudo e mostrando pra sua mulher em casa. Aliás, quando ele chega em casa depois desses "exercícios" e come sua mulher como há muito nnao comia, ela reclama que ele na verdade queria as garotas e desconta seu tesão nela! Como diria um amigo, melhor isso que nada!
Mas no caso do filme, em princípio malucão e transgressor, ficou pra mim essa sensação de caretice, de voyeurismo besta, de um velho usar umas meninas pra punhetar mesmo, cenas de sexo bem filmadas com mulheres lindas, facinho.
No final do filme, ele mostra as atrizes o processando e acabando com a vida dele, sua mulher partindo e ele ficando na pindaíba praticamente. Chato!
De outro lado, essa semana foi lançado o novo clip do SImian Mobile Disco da música "Hustler", um segundo clip para a mesma música. O clip vem na linha desses de gostosaas pra deiar os caras doidos na linha de bandas de electro fashion. O clip é bom, bem fotografado, mulheres lindas semi nuas e... mais nada. Mas é engraçado, pelo menos.
O que o filme e o clip têm em comum? O quase abuso da mulher como objeto sexual mesmo, umas gostosas peladas se masturbando na cama (no filme) e no palco (no clip), com outras mulheres (no filme) ou com comida (no clip). No final é tudo a mesma coisa, gostosas pra vermos e nos excitarmos. O que é bom, claro.
E a gente gosta!

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Músicas e mais músicas!

Tá bom, o "In Rainbows" é do caralho, a gente já ouviu umas 20 vezes pelo menos desde semana passada pra achar bacana, já sabemos letra de cor, mas tem um monte de outras coisas pra ouvir além do mestre Thom.



Um cara que eu descobri hoje e que tô adorando ouvir é um japonês, Shinichi Ozawa, produtor de um electrão muito bom, meio dark, meio oitentista do bem, coisa que já não ouvia desde o ano passado. Claro que tem o gravão francês, a levadaa européia e o bom é que tem a Princess Superstar nos vocais. O álbum do cara se chama The One e já tem por aí. Aqui eu coloco "Electro 411" pra baixar e dançar.
Electro411



Outra coisa bem legal que eu achei foi um cover de uma das minhas músicas preferidas "No Diggity", felito pelos Klaxons. A original é um hip hopão do Dr. Dre, anos 90 na veia. A versão do Klaxons parece quase uma música de uma boy band por causa do vocalzinho de fundo, com uma levada mais pro R&B, quase romântica, mas no fim é estranha o suficiente, o que é bem bom.
No Diggity



A última vez que eu toquei junto com a Lalai na Rebel!, uma hora ela disse que ia tocar D.A.N.C.E. do Justice e eu falei pra ela tocar outra coisa porque essa música já tinha cansado. ela tocou e o povo dançou e claro que a música não cansou. It was not me, it was the vodka talking. E tanto a música não cansou que eu hoje achei esse remix do mestre Jacques Lu Cont do Les Rythmes Digitales, também conhecido como Stuart Price, o cara do Zoot Woman. Em agosto em Paris, falando com amigo dj francês que descobri que o francês LuCont não era francês, era inglês, que esse Lucont nem nome francês é, piada mesmo. Mas o cara é genial e esse remix também. Enjoy.
D.A.N.C.E. (Les Rythmes Digitales remix)

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Soldier's Girl, mais um daqueles filmes perdidos imperdíveis



Eu sempre leio a respeito dos Sundance Festival, o tal festival de cinema americano bancado e criado ( ou o contrário) por Robert Redford que acontece todo ano no invernoso Utah, passando a principal (??) safra de filmes "independentes" primeiro americanos, hoje do mundo todo.
Sempre que leio fica aquele gostinho amargo por saber que quase nenhum daqueles filmes bacanas chegará aos meus olhos.
Ou chegaria, porque depois do meu vício dos torrents, tô conseguindo ver muita coisa que sempre quis.
E uma dessas coisas é essa pérola "Soldier's Girl", um filme feito para televisão americana, vencedor de um monte de prêmio bacana por aí, principalmente dando prêmios aos atores principais Troy Garity e Lee Pace.
Bom, cheguei nesse filme por causa do Lee Pace, o ator principal do Pushing Daisies (post aqui) e quando vi sua filmografia me lembrei que queria ter visto e consegui baixar.
Bom, o filme conta a história (verídica) de um soldado americano que um dia com seus amigos de folga, vai a uma boite gay e vendo show de uma transformista, fica interessado nela e por isso acaba voltabndo à boite e fica com ela e acabam tendo um romance que é descoberto por seus superiores até um final trágico, como é de se esperar.
O filme é quase despretensioso demais, e talvez esteja aí o seu segredo: não querendo aparecer com firulas, o diretor Frank Pierson, um veterano, deixa espaço para os atores do filme brilharem.
E como brilham! E como são bem dirigidos! Como atuam bem!
Garity, filho de Jane Fonda, tem uma grande atuação como o soldado apaixonado, que assume que gosta de um transexual e não esconde de ninguém e sofre muito por isso numa base militar. Sensível, atormentado, forte, tudo ao mesmo tempo.
Já Lee Pace, o grandão que revive os mortos no seriado de tv, aqui faz uma travesti linda, fina, com seios enormes (numa prótese muito bem feita), parece uma dama francesa no meio de uma cidade minúscula americana dublando num pulgueiro qualquer. O brilho que tem esse personagem me faz acreditar que o cinema ainda tem chances. A força de interpretação, a ousadia de escolha do ator e do diretor, o não sucumbir à caricatura fácil, me deixaram de queixo caído.
As cenas de sexo são lindas e ótimas. As cenas de porrada são lindas e ótimas também. E as cenas de sofrimento por causa do amor são as melhores coiswas do filme, mostrando que ali ninguém tava fazendo novela nem nada parecido, mas sim todo mundo queria conar uma história da maneira mais pulsante e ousada possível.
Recomendo muitíssimo, adoraria poder dizer que é só passar na locadora e pegar, mas não mesmo. Torrent nele!
O único problema é que depois do filme eu não consigo ver o Pace em Pushing Daisies da mesma maneira que antes. Mas isso é bom!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Stardust, o filme! Médio, saco!




Neil Gaiman é Deus!
Na minha modesta opinião, hoje em dia não tem ninguém que crie e escreva e invente melhor que ele.
O sandman tatuado no meu braço é prova da minha devoção a esse cara. Leio tudo, tenho tudo e adoro mesmo.
Tenho livro autografado, revista autografada e através dele acabei conhecendo um monte de outros caras fodões dentre eles o outro mestre Dave MacKean.
Uma das coisas que eu mais espero, eu e a torcida do flamengo, é o filme do Sandman, muito falado e ainda nada.
Mas, enquanto isso, fui ver Stardust esses dias. Claro que eu tava super ansioso e claro que me decepcionei.
O filme é bacana, o elenco é ótimo, o roteiro é bom, deixaram basicamente os personagens legais da história e funcionou.
Mas.....
O filme deixou a desejar um pouco em relação a condução da história, talvez um pouco carregada demais na condução e meio que arrastada em muitos momentos. Iss E isso é o bacana da históo me deixa super decepcionado, imagino o diretor sentado na ilha com fudendo a edição do filme, pedindo pra ir mais devagar, sei lá. Juro que não entendo.
Mas eu gostei muito da Claire Danes, muito linda, puta atuação fodona, me deixou bem impressionado como sempre. E o carinha que faz o personagem principal, Charlie Cox, surpreende ao longo do filme, começando como um moleque perdido, adolescente mesmo querendo ganhar o mundo e termina como um homem bacana, de atitude, meio que num rito de passagem excepcional.
A bem da verdade é bem isso que o filme é, uma história de amor e um rito de passagem, vistos e vividos de formas bem diferentes. E isso é o bacana de Stardust, Gaiman cria um universo absolutamente mágico e lindo pra contar uma história de amor, a história de uma estrela que cai na terra, histórias de princesas e mágicos e bruxas e piratas gays.
Agora é esperar o dvd original sair cheio de extras e ter em casa.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Verdade, eu gosto de jazz e nem sabia!

Quando eu estava na faculdade aqui em São Paulo, lá pelos idos de 85, o Jorge, meu grande amigo da vida e tal, gostava de jazz. E eu não. Mas ele me convenceu a ir com ele num clube que ficava na Frei Caneca, num lugar que era no porão de uma casa. Lá se chamava Saint Germain e tinha um clima mesmo francesinho, com shows bacanas de fodões (que eu nem conhecia) do jazz e tal.
Adorava o lugar, frequentei por bastante tempo, batia cartão toda semana.
Nessa época, ia ao Free Jazz (que depois virou Tim Festival), tempos que só tinham mesmo shows de jazz, no anhembi. Vi um monte de gente legal, como Phillip Glass por exemplo.
Depois disso, o jazz se distanciou da minha vida totalmente e hoje em dia tenho até um pouco de preconceito, pra ser bem sincero.
Até que semana passada eu comprei e baixei e ouvi o novo cd do Radiohead, "In Rainbows".
O disco é ótimo, diferente de tudo o que eles vinham fazendo, mais eletrônico. E também diferente do início rocker deles.
Ouvi, ouvi e a conclusão que eu chego é que é um cd de jazz!
Sim, as levadas de guitarra (em Faust Arp), a bateria cadenciadinha, o piano marcando o baixo (em All I need).
A voz do Thom Yorke tá limpinha, como há muito não ouvia, paesar de ter lido de gente reclamando.
Claro que eu sou suspeito pra falar de radiohead, minha banda preferida ever e tal, mas o disco é bom.
Em dexempbro eles lançam o álbum fisicamente, vai custar uma baba, 40 libras, serão dois vinis, mais cd com 8 inéditas e mais um livro.
É esperar pra ver. E ouvir.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Pushing Daisies, ou como seria o Tim Burton sorrindo

Tim Burton é Deus!
Tá, conta uma nova!
Todo mundo sabe, o cara é genial mesmo, fez escola. Faz filmes cada vez melhores, escreve livros maravilhosos e continua na ativíssima com seu humor peculiar e seu "mundo" também peculiaríssimo.

E o mais bacana disso é quando a gente vê referências dele em outros trabalhos.
Assistindo David Letterman essa semana, eu vi uma entrevista do grande diretor Barry Sonnenfeld (de Família Adams, dentre outros). Ele estava lá pra promover o lançamento de uma série nova, "Pushing Daisies".
Fiquei impressionado pela entrevista porque o cara é um demente, bem engraçado. Falou bem demais, mostrou a bota de cobra dele e falou absurdos. Quando ele mostrou o trailer do primeiro episódio, fudeu!
Eu acho que os caras devem ter tentado chamar o Burton pra dirigir, porque tudo tem a ver com ele.
A série é do mesmo cara que escreveu Dead Like Me e também fala de gente que já morreu.
Quase.
Na verdade é a história de um cara que consegue trazer os mortos de volta à vida por 1 minuto. Com o toque de seu dedo. E daí tem q tocar de novo pra pessoa morrer de novo, porque se a pessoa continua viva, alguém que estiver por perto morre no lugar dela. E outra, se a pessoa continua viva, ele não pode mais tocar nessa pessoa, senão morre de novo. Ah, e pra "piorar", essa pessoa que continua viva não morre nunca mais!
Sim, um monte de coisas legais, idéias estranhas e que acabam funcionando bem demais.
O roteiro é ótimo, o elenco é ótimo e os personagens são bem legais. Agora, o legal do Sonenfeld é que ele deve ter levado uma equipe toda dele com diretor de arte fodão e o mundo que eles criaram pra isso tudo é fenomenal, bem onírico, bem colorido, bemlindo mesmo.
Se o primeiro capítulo for mesmo usado como linha pra todo ano dea série, vai ser o estouro de comédia do ano, com certeza. e o ator principal, Lee Pace, vai ser a revelação do ano. Ou já é!
Mais vício, mais download e mais torcida pra passar aqui na tv!

BTW, Pushing Daisies quer dizer "morto e enterrado", tipo o cara que já tá a sete palmos "empurrando margaridas de baixo".

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Joy Division no cinema: CONTROL!



Acho que o filme que eu mais quero ver esse ano é Control, do Anton Corbijn.
Esse cara é fotógrafo fodão e foi o fotógrafo que trabalhou com o Joy Division, fez capas deles e agora conseguiu convencer a mulher do Ian a liberar os direitos do livro pra filmar.
Em Paris, em agosto, o filme não tinha estreado ainda nos cinemas mas a cidade estava cheia de posters, só deixando vontade. Na saída do Rock En Seine, o festival que eu fui lá, a gente achava o caminho de volta ao metrô pela trilha de posters do filme pelas ruas.

O foda é ficar vendo os trailers na net e as fotos de divulgação e esperar o filme passar por aqui, que vai ser agora na Mostra de Cinema que começa semana que vem.
Agora, o mais foda de tudo foi ter achado na net pra baixar a trilha sonora do filme! Tô passando mal desde ontem com a seleção das músicas e com as versões do elenco.
A coisa só vai piorando e criando mais ansiedade nesse ser que aqui escreve.
Bom, aqui abaixo tá o link pra baixar a trilha e uns vídeos pra deixar com água na boca mesmo.



Ian Curtis roxxx! From the grave!

Trilha de Control.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Californication, a série. Ou como eu tô velho!




Vício ótimo por séries americanas de tv me fazem assistir todas que estreiam nos últimos 6 ou 7 anos, pelo menos. Algumas poucas, as realmente geniais, me pegam de jeito e eu acompanho sofrendo, rindo, não saindo de casa pra ver, baixando na net horas depois de passarem nos EUA dentre outras coisas impublicáveis.
Nesse ano novo, a que me pegou de jeito mesmo, que já está no oitavo capítulo e estréia aqui no Brasil na Warner em novembro é CALIFORNICATION.
A série tem como protagonista e produtor executivo o fodão David Duchovny, o Mulder dos Arquivos X, outra paixão minha. (Ele ser produtor executivo da série significa que a série é dele, deve ter achado o roteiro e foi atrás de quem bancasse. O canal Showtime não perdeu a oportunidade).
Bom, o enredo é o seguinte: um escritor de sucesso, cara de Nova York, tem seu mais recente livro comprado e filmado em Los Angeles, filmão, com Tom Cruise e esposa como par principal. Por isso ele se muda pra L.A. com esposa, filha adolescente, casamento naufragando e tudo.
Compra porsche, casa bacana, o filme é claro uma bosta, faz um puta sucesso, ele fica puto por isso, sua mulher vai casar com outro cara bem caretão e ele entra numa puta crise de criatividade fudida.
Ele bebe muito, é um puta galinha, ainda é afim da ex-mulher, doidão, se perde, trabalha com o quê não gosta, tudo pra se segurar e cada vez vai se perdendo mais.
Isso tudo que eu contei não é mostrado na série, isso tudo é contado em diálogos pra explicar como tudo começou, ou de onde ele veio e porque ele tá onde tá.
O bacana de tudo isso é a direção, o elenco maravilhoso principamente o trio principal, com o Duchovny a mulher e a filha.
Isso tudo pra dizer que o mais foda é que parece que a série é a história da minha vida, claro que guardadas todas as devidas proporções o ex casamento, a ex-mulher bacana, eu cagado, perdido, com crises e perdido, o marido atual dela caretão, a filha adolescente jogando coisas na minha cara e cobrando outras. A única coisa que difere muito é que eu pelo menos tenho um relacionamento estável, não sou o doido que ele é em relação a sexo, e isso é bom pra mim, eu garanto.
A série estréia aqui em novembro, mas eu baixo o torrent toda semana e geralmente termino os episódios chorando (sim, chorando) porque é quase sempre a filha dando uma lição de moral no pai idiota.
Welcome to my life!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Radiohead: a pegadinha!




Nessa altura do campeonato todo mundo já sabe que o Radiohead tá lançando disco novo, que vai dar pra baixar na internet, que você vai pagar quanto você quiser, se quiser pagar etc.
Mas o que ninguém falou até agora é que o Radiohead é a maior das bandas indies da atualidade.
Em 2004, com o lançamento do "Hail To The Thief", terminou o contrato deles com a Capitol, a antiga gravadora. E eles não assinaram com mais ninguém, e tão aí, lançando álbum novo da forma mais nova e todo mundo só fala nels.
Departamento de marketing de gravadora pra que mesmo?

Mary My Hope


Nos bons anos 80, eu tinha uns amigos bem bacanas e a gente costumava na época fazer os velhos e bons mixtapes, ou as fitas cassete gravadas, com coisas legais que a gente comprava em vinil na galeria do rock (óbvio que era vinil, cd, só nos 90's). A gente fazia capinha, ou escrevia nas etiquetas e tal. Como hoje se faz com cds, se bem que nem isso mais se faz hoje, é copiar direto no ipod e ciao, chega de mídias!
Bom, nessa época, um dos amigões que sempre me mostrava as coisas novas que sabia que eu ia adorar era o Fabio Massari, sempre o que mais tinha discos e o que mais lia a NME e o Melody Maker. Um dia ele me dá um tape pesadão de 90min, um lado tinha gravado Tuxedo Moon (que depois viraria um ícone electro, quem diria) e do outro tinha uma banda bem estranha, Mary My Hope.
Os caras eram de Atlanta, EUA, mas o vocalista tinha sotaque inglês, quase. E esse era um dos motivos por talvez eles nunca terem feito sucesso nem lá nem cá e nem no outro lá.
Era uma banda pesada, de rock, pó punk, pré grunge, e todo mundo dizia que eram filhos do Bauhaus, primos do REM (lá do início). Todos diziam que eles estavam à frente do seu tempo, que previam o futuro. E isso a gente já viu que sempre é uma desculpa pra bandas/artistas que vivem à margem e não fazem sucesso mesmo.
Bom, esse tape eu tenho até hoje, de verdade, mas já nem toca mais, desmagnetizado como vários outros, inclusive uns bootlegs ao vivo comprados em Candem market, lá nos 80.
Gravado no tape, tinha o álbum "museum", de 89, um petardo, com uma das músicas mais lindas da minha vida, "Suicide King", além de "Grind", "Wildman Childman", "It's About Time".
Desde então, eu tento comprar qualquer coisa deles e não acho nunca, mas com o advento do soulseek e a bondade de um assinante do outro lado do mundo, eu hoje consegui de volta baixar esse álbum completo, lindo lindo.
Confesso que à primeira audição eu chorei, lembrando das letras de quase todas as músicas e me lembrando de coisas que eu talvez tenha passado ouvindo aquela fita de cromo pesada. Mas o que me deixou feliz mesmo foi saber que sempre eu posso contar com bons samaritanos pra voltar a achar tesouros perdidos.
Fica a dica: "Museum", Mary My Hope.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ladies and gentlemen, we're floating in space!


Welcome my friends, to the show that never ends.


Aqui vou eu de novo com um blog pessoal, onde não vou só escrever de filmes como faço no javiu
.
Aqui vai ser música, cinema, filmes, livros, bandas, amigos, festas, dj, shows, política, baixarias, vídeos, teatro (!!!) e muito mais.

Twitter, orkut, fotolog, blog, facebook, flickr, myspace, youtube, meu cu.

É nóis!